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Arquitetos: Arsh [4D] Studio
- Área: 763 m²
- Ano: 2015
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Fotografias:Parham Taghioff, Ali Daghigh
Introdução
Durante as últimas décadas, a arquitetura de Teerã experimentou transformações absurdas. A falta de rentabilidade das indústrias por um lado e as sanções impostas por outro, exacerbaram um mercado já elevado.
Depois de identificar suas propriedades como zonas de investimento, os proprietários de pequenos terrenos, como 200 m² (os menores da cidade), demoliram suas casas unifamiliares e desenvolveram apartamentos de classe média com quatro/cinco pavimentos. Como resultado, a cidade enfrenta agora um número crescente de projetos cujo os desafios estéticos, em geral, se reduzem ao desenho das fachadas.
Neste projeto em particular, o terreno encontra-se ao final de um beco sem saída e está rodeado por outros edifícios. Não tem vistas para a rua e não é visível aos transeuntes. É um projeto sem fachada prominente e, portanto, insignificante para a maioria dos arquitetos.
Abordagem do Projeto
Para fazer frente aos desafios deste projeto, nos propomos os seguinte métodos:
- Criar uma vista para um projeto sem vistas
Situado no extremo de um beco sem saída e fechado entre outros edifícios, a fachada principal do projeto enfrenta um alto muro de cimento de 18 metros.
Inspirado pelo popular conto infantil, "The Last Leaf", e utilizando o talento de um artista de rua, decidimos pintar uma paisagem na parede de cimento e criar uma nova vista para os habitantes.
- Uso de material reciclado do terreno
O projeto deveria substituir um edifício de tijolos que existia no terreno. A ideia para o material da fachada provém da reutilização dos tijolos deste antigo edifício.
Quando a demolição foi finalizada, os tijolos foram classificados e utilizados na fachada e em outras partes do edifício.
- Desenho da fachada
Levando em conta que a fachada observável desde a rua possui três metros de largura, o projeto da massa progressiva tem a intenção de convidar aos transeuntes para o edifício.